sexta-feira, novembro 22, 2024
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Serviço Geológico do Brasil avalia risco às estruturas do Museu Imperial e Palácio Rio Negro, em Petrópolis

Em ação emergencial, o órgão também participa de força-tarefa para mapeamento em diversas áreas afetadas pelos deslizamentos

Equipe de geólogos atuando no mapeamento das unidades museológicas em Petrópolis

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), juntamente com o Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM) e a Prefeitura de Petrópolis estão realizando o mapeamento emergencial das áreas de risco, após os deslizamentos registrados na terça-feira, dia 15/02, em Petrópolis (RJ).Os geólogos iniciaram as atividades neste sábado, 19/02. Atendendo pedido da Defesa Civil municipal, já concluíram vistorias para levantamento das zonas instáveis nos bairros Mosella, Moinho Preto, Serra Velha, e na rua Eugênio Barcelos e imediações no Valparaíso. Uma equipe de engenheiros cartógrafos também participa do trabalho, realizando levantamento macro da região com imagens de drones.
O SGB-CPRM também deu início ao mapeamento emergencial de riscos em unidades museológicas. O órgão está atendendo solicitação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, ligado ao Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), que por sua vez recebeu a demanda do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) sobre os riscos às unidades do Museu Imperial e Palácio Rio Negro.
A setorização de risco do Palácio Rio Negro foi concluída nesta terca-feira, dia 22/02. Hoje, a equipe está trabalhando no Museu Imperial. O objetivo é obter o levantamento topográfico, a avaliação do solo das áreas afetadas, bem como a indicação de procedimentos e soluções para as demandas identificadas. De acordo com o chefe do Departamento de Gestão Territorial, Diogo Silva, a preocupação manifestada pelo Ibram é para um eventual risco de atingimento das estruturas e do patrimônio cultural associado.
O geólogo Thiago Dutra, integrante da força-tarefa pelo SGB-CPRM, explicou que o relevo da região possui favorabilidade a processos de deslizamentos causados pelo excesso de chuva, que neste evento chegou a registrar precipitação de 260 mm em seis horas. “O relevo é muito acidentado e não tem espaço para consolidar a ocupação humana. Além do terreno naturalmente instável pelo processo de erosão, há cortes verticais, descarga de águas servidas, que aumentam o contexto de desestabilização das rochas”, relatou.

Além do trabalho de campo, os geólogos, engenheiros e geógrafos precisam efetuar atividades de escritório relacionadas ao gerenciamento do evento extremo. As áreas de risco identificadas precisam ser cadastradas, é feito um registro de desocupação e uma notificação para que as áreas vulneráveis sejam desocupadas.
O SGB-CPRM é responsável no âmbito do governo federal por produzir mapas que auxiliam na prevenção de problemas relacionados aos desastres de origem geológica, seguindo as diretrizes e objetivos estabelecidos pela Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, instituída pela Lei Nº 12.608/2012, de forma a estabelecer ações voltadas à prevenção, mitigação, preparação, recuperação e resposta aos desastres, envolvendo de maneira integrada a União, Estados e Municípios.

 

Janis Morais

Assessoria de Comunicação

Serviço Geológico do Brasil – CPRM

Ministério de Minas e Energia

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