De acordo com o Censo 2024 do IBGE, mais de 11 milhões de lares brasileiros são chefiados por mulheres sem cônjuge e com filhos. Mães solo que, além de proverem sustento e afeto, carregam nos ombros o peso de decisões, rotinas e batalhas silenciosas.
Mas esta homenagem vai além das estatísticas. É para todas as mães — solo ou acompanhadas — que transformam o pouco em muito, que não deixam faltar amor mesmo quando falta tempo, que encontram força no cansaço e que, mesmo sem pausa, continuam.
Mãe que acorda antes de todos e dorme depois de tudo.
Mãe que é colo, coragem, guia e abrigo.
Mãe que batalha, sonha e ensina com o exemplo.
Neste segundo domingo de maio, celebramos cada gesto, cada renúncia, cada conquista invisível. Porque ser mãe é, todos os dias, um ato de resistência e amor.
Poema – “Desde Anna, Para Todas Nós”
No ventre da história, um nome primeiro:
Anna Jarvis, que ergueu seu brado inteiro.
Em luto, mas cheia de vida e chama,
fez do amor à mãe uma bandeira que clama.
Em 1908, num templo em flor,
nasceu o Dia das Mães com fervor.
Na dor da perda, brotou o querer
de que o mundo aprenda a reconhecer.
Mas muito antes da data oficial,
já se honrava a mãe, figura essencial:
Dos gregos antigos à Roma pagã,
sempre foi ela, a guardiã da manhã.
Hoje, cruzando os séculos e os céus,
reverenciamos todos os papéis:
A mãe de colo, a de luta e jornada,
a que guia em silêncio, a que ri exaustada.
Mãe que é solo e também primavera,
que planta futuro na espera sincera.
Mãe que é bússola em meio ao caos,
que segue erguida, apesar dos maus.
De Anna a você, que lê este verso,
vai nosso abraço imenso, disperso:
em cada laje, em cada rincão,
pulsa uma mãe, raiz da nação.
Feliz Dia das Mães. O reconhecimento é pouco perto do que vocês merecem, mas hoje ele é só de vocês.
