No dia 08 de março foi celebrado o Dia Internacional
das Mulheres, um fato que parece banal, mas que, em si, representa uma grande conquista para aquelas que, durante longo tempo, foram consideradas de “menor valor” ou de “inteligência inferior”. Infelizmente, ainda
há muito a se conquistar no direito de ser mulher. Mas o que isso significa no terceiro milênio? Ser mulher nos dias atuais ainda é lidar com contradições de ordem social, econômica e mesmo pessoal. Em países totalitaristas, o primeiro ato dos ditadores costuma ser proibir a educação das mulheres. Isso se dá pela “necessidade” de calar, interromper e
desvirtuar a voz feminina; de modo geral, mais sensata e menos impulsiva do que a masculina. As mulheres, classificadas muitas vezes como “mais tranquilas”, são, na verdade, via de regra, seres humanos mais ponderados, estratégicos e reflexivos. O
que não significa que elas sejam passivas ou submissas. A inteligência dita feminina tende a encontrar caminhos onde muitos homens enxergam somente barreiras; a defender vidas e direitos com os olhos postos nas gerações futuras; e a utilizar sua extraordinária
capacidade de recomeçar quando um ciclo se encerra. Cabe aos homens, e a muitas mulheres também, reconhecer que o dom de ser mulher não se restringe à aparência; é, isto sim, a imprescindível generosidade de reconhecer-se partícipe da construção de um mundo onde os seus e os seres amados de todas as outras
pessoas, sejam luz, paz e prosperidade não somente econômica; acima de tudo, a prosperidade de respeitar a vida de todos os seres desde a geração até a conclusão de sua passagem pela Terra, considerando a equidade, e não apenas a pretensa igualdade, como direito inalienável de construir-se como ser humano.
REFLEXÕES “LITERÁRIAS”
LUCIANE RAPOSO – LEITORA, ESCRITORA, EDUCADORA, PALESTRANTE E BOOKTUBER
Instagram: @ludecastroraposo Youtube:
www.youtube.com/literaturapravida