Na manhã deste sábado (12/10), no Campo São Bento, em Icaraí, Zona Sul de Niterói, o candidato Carlos Jordy (PL) protagonizou um episódio de intimidação contra militantes do PSOL e do PDT que distribuíam panfletos de propaganda eleitoral. Os panfletos, que estavam dentro da legalidade, continham o CNPJ da coligação de Rodrigo Neves e da gráfica responsável.
Irritado com o conteúdo do material, que incluía críticas baseadas em fatos já amplamente divulgados pela imprensa, Jordy acusou os militantes de crime eleitoral. Entre as informações mencionadas no panfleto estavam: a condenação de Jordy a pagar mais de R$ 60 mil ao influencer Felipe Neto por espalhar fake news, sua investigação na Polícia Federal por atos antidemocráticos e fake news, e o seu voto contra a criação da tarifa social de água e esgoto para os mais pobres.
A campanha de Jordy confiscou cerca de 300 panfletos e acionou a Polícia Militar, que levou dois militantes do PSOL à Superintendência da Polícia Federal. Após depoimentos, o registro de ocorrência incluiu uma denúncia contra Jordy, baseada no artigo 332 do Código Eleitoral, que prevê punição para quem tenta impedir propaganda legal.
Mais tarde, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL) defendeu, em vídeo, a veracidade das informações contidas nos panfletos, reafirmando que Jordy não tem condições de governar Niterói.
O incidente aumenta a tensão no segundo turno das eleições municipais na cidade, marcado pela polarização entre Rodrigo Neves e Carlos Jordy.
