Em encontro em São Gonçalo, pastores destacam inclusão social e respeito à religião e à fé como grandes feitos da gestão do ex-presidente
Em encontro emocionante com evangélicos no fim da manhã desta sexta-feira (09/09), em São Gonçalo (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o apoio de pastores e de fieis de diferentes gerações. Em reconhecimento às transformações ocorridas nos primeiros governos do PT, os religiosos pediram o retorno de Lula para que o Brasil volte a ter políticas inclusivas que garantam vida mais digna aos mais pobres.
Um dos primeiros a falar, o pastor Sérgio Duzilek disse que o melhor tempo que a igreja brasileira viveu foi durante os governos Lula. Segundo ele, os pastores estavam bem, as igrejas podiam pregar o evangelho livremente e o governo promoveu justiça social. “O povo que pastoreamos era feliz. Tinha sua laje e churrasquinho pra fazer em sua laje. Hoje vivem debaixo de outras lajes”, afirmou.
De acordo com o pastor, o povo não aguenta mais viver na mendicância que está vivendo hoje, nas mãos de um governo nefasto. “A mendicância agride o senhor Deus. O povo não aguenta mais quatro anos com esse Presidente da República que só faz enganar, ludibriar e governar só para a elite”, disse, reconhecendo que Lula foi vítima de injustiça do judiciário e de parcelas da igreja. “A igreja evangélica tem que pedir perdão ao senhor”.
O encontro teve muitos momentos de forte emoção, com oração da fiel Priscila e louvor cantado pela missionária Suelen Costa. De mãos dadas com o ex-presidente, ela liderou um coro que levou o público a cantar “tem coisa boa chegando, tem coisa boa acontecendo. Não importa o que você sofreu, o importante é que você sobreviveu”. Outros jovens leram a Carta dos Evangélicos a Lula, na qual pedem, entre outras coisas, reconstrução do Brasil, investimento em educação, saúde e vacinação.
Emocionado, Lula discursou após as palavras de apoio e acolhimento. Disse que o Brasil será reconstruído, que a verdade venceu e que o Estado não pode ter igreja nem religião, mas deve garantir o funcionamento e a liberdade das igrejas.
“E eu posso olhar na cara de cada mulher, de cada senhora aqui, de cada jovem e dizer: nunca houve na história do Brasil um presidente que tratasse a religião e as igrejas com a democracia que eu cuidei nesse país. Duvido. Duvido que alguém tenha cuidado e garantido a liberdade de criar igrejas, a liberdade de praticar a sua fé, nunca teve”, disse, lembrando que em todas as vezes em que se candidatou nunca usou ato religioso para pedir votos. “A hora que um cidadão vai na igreja, ele vai cuidar da sua fé, ele vai cuidar da sua espiritualidade, ele não está preocupado se um candidato é A ou B. Ali é o momento que ele está conversando com Deus”.
O ex-presidente reafirmou seu compromisso de fazer o Brasil voltar a crescer, gerar emprego e garantir melhores condições para as pessoas viverem. “Vai aumentar o salário mínimo todo ano acima da inflação. As nossas crianças vão voltar a ir para universidade, vai voltar a investimento em ciência e tecnologia e a gente vai melhorar qualidade do ensino fundamental e o ensino vai ser integral a partir de agora. O ensino integral tira as crianças da rua e vai dar muito mais garantia a família. Eu vou fazer o que precisa ser feito nesse país”.
Fotos: Ricardo Stuckert, JHC