domingo, julho 7, 2024
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Medida Provisória faltam salas de cinema para assistir O Filme

Compartilhando esta informacao que recebi via rede social a dificuldade emassistir um filme que retrata uma tenatica que constroi o pensar de um cinema necessario e importante sempre na questao à cultura daqueles, de maioria preta e parda, pobre e com baixa escolaridade. Araruama a sala de cinema nao esta passando Medida Provisória.
Por Camilla Ferreira
Ontem, eu e meu marido assistimos Medida Provisória em uma sala de cinema do município de Niterói, onde resido atualmente.
Niterói, tem pouco mais de 500 mil habitantes e pelo menos 23 salas de cinema de 4 diferentes redes, além do cinema do Centro de Artes da UFF. Em salas de três dessas redes, Medida Provisória foi exibido ontem, e uma delas anunciou sessões extra, devido à grande procura.
São Gonçalo, município vizinho a Niterói, onde cresci e onde vive uma parte considerável de minha família, tem mais de 1 milhão de habitantes e apenas 13 salas de cinema, distribuídas em 2 redes. Medida Provisória não estava em exibição em nenhuma delas.
E isso diz muito o conteúdo de Medida Provisória.
Não é à toa que, em São Gonçalo, cidade que em 2010 registrou IDHM abaixo da média do estado do Rio de Janeiro, a população de pretos e pardos seja de 55,88% e de brancos de 43%. Já Niterói, maior IDHM do estado, tem 63,53% de brancos e 35,77% de pretos e pardos. São dados do IBGE.
Em SG, cidade em que 21,16% da população vivia na pobreza, com menos de meio salário mínimo em 2013, a renda per capta em 2010 era de 669,30 reais , inferior mesmo à média brasileira, de 793,87. Em Niterói, adivinhem? Renda média per capta de 2.000,29 reais e 11,59% da população na pobreza.
Por fim, e apenas para não me alongar ainda mais, se em São Gonçalo, apenas 12,72% da população tem ensino superior e 30,65% sobrevivia com uma renda entre 255 e 510 reais em 2010; na vizinha, Niterói, 36,40% da população cursa a universidade e 10,09% ganhava mais de 5.100,00 na mesma época.
Medida Provisória aborda de maneira belíssima, com ironia e algumas pitadas de bom humor, mas sem deixar de lado a seriedade do tema, a segregação que já existe, a linha invisível que separa os espaços cujos habitantes possuem um acesso mais amplo à saúde, à educação, à moradia e à cultura daqueles, de maioria preta e parda, pobre e com baixa escolaridade, onde as oportunidades são restritas e, por isso mesmo, a desigualdade se perpetua.
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