Por meio do programa ‘Respeito Dá o Tom’ concessionária realiza ações em prol da igualdade racial
“O “Divas” está sendo muito importante para mim. Eu tenho 25 anos e nunca pensei que eu faria um curso de argila. Aqui aprendo além da cerâmica, a gente conhece muitas histórias, conversa, brinca e se torna uma verdadeira terapia. Depois eu pretendo ensinar minha filha, minha mãe e irmãs para montarmos uma boa equipe de trabalho e vendermos as peças que a gente confeccionar”. O relato da Thaís Monteiro, quilombola de Maria Joaquina e integrante do “Somos Divas na Luz do Candeeiro”, projeto promovido pela Prolagos em parceria com a Casa Scliar, é o retrato do legado que a concessionária deseja deixar nos municípios onde atua, promovendo a geração de renda, desenvolvimento das cidades e equidade de oportunidades, não só no mês de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência Negra (20), mas constantemente.
O projeto que nasceu em meio à pandemia da Covid-19, oferece aulas de cerâmica para mulheres quilombolas e tem foco em fomentar a representatividade e a independência das participantes, estimulando o potencial criativo e capacitando para a confecção de peças que poderão apoiá-las na complementação da renda familiar. O encontro acontece semanalmente nos jardins do museu, onde elas aprendem modelar a argila, pintar, queimar e inserir ilustrações que tratam sobre a cultura afro-brasileira.
Para contribuir com a redução da desigualdade, preparar os jovens para o mercado de trabalho e promover igualdade de acesso às vagas de emprego, a Prolagos realiza periodicamente, oficinas de elaboração curricular e comportamento para entrevistas, para jovens da periferia. A iniciativa também contribui para criar um cadastro de profissionais negros na empresa. A universitária Samira Gomes participou de um dos eventos e foi contratada para trabalhar no setor Comercial. “Meu primeiro acesso com a Prolagos foi por meio da Oficina de Currículos. Fui sem muita expectativa, pois estávamos em meio à pandemia, muitas empresas estavam demitindo seus funcionários e as chances de contratação eram muito pequenas. Mas após o treinamento, cadastrei o meu currículo na empresa e um mês depois fui convidada para uma entrevista. Já completei um ano trabalhando aqui, me desenvolvo a cada dia e enxergo novas oportunidades de crescimento, não só para mim, como para os demais colaboradores”, relata Samira.
Essas e outras iniciativas são promovidas por meio do ‘Respeito Dá o Tom’, programa desenvolvido há 5 anos pela Aegea, em todas as unidades do grupo, que promove a equidade nas oportunidades de acesso à empresa e de crescimento profissional dos funcionários que se autodeclaram pretos e pardos. O programa promove ações que vão desde rodas de conversa para informação e sensibilização sobre o tema entre os profissionais da empresa, até adequações nos processos de recrutamento e seleção, com foco em ampliar a diversidade racial no quadro de trabalhadores, inclusive em funções de liderança. As ações já se refletem no quadro de funcionário, onde atualmente, 59% dos colaboradores e 51% dos gestores, se autodeclaram pretos ou pardos. “Nosso objetivo é implementar não só aqui na Prolagos, como em todos os municípios onde atuamos, mudanças que sejam transformadoras para as comunidades e que reflitam nas vagas de trabalho, em todos os graus hierárquicos a equidade de oportunidades para todos. Por isso, vamos muito além do saneamento básico, para promover empregabilidade, desenvolvimento e relacionamento, por meio de ações com os profissionais da empresa, e projetos socioambientais que atuam desde os estudantes de escolas municipais até os quilombos”, pontua José Carlos Almeia, diretor executivo da concessionária.