sábado, novembro 23, 2024
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Maricá está em alerta por causa das queimadas

Segundo a corporação, a mudança climática contribui com o fenômeno, mas 99,9% dos focos de incêndio são causados pela ação humana

A Defesa Civil de Maricá está em alerta por causa das queimadas que atingem todo o país, incluindo o Estado do Rio de Janeiro, que registrou o maior crescimento em dez anos com 760 focos de incêndio, detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre 1º de janeiro e 10 de setembro, Maricá registrou cerca de 900 ocorrências de menores proporções, que foram solucionadas pelos agentes da Defesa Civil e por equipes do Grupamento de Defesa Ambiental da Guarda Municipal. Em 99,9% dos casos, as queimadas aconteceram devido à ação humana.

Buscando minimizar os danos, a Defesa Civil realiza ações educativas nas comunidades e por meio de campanhas e alertas pelos canais oficiais de comunicação. O município vem investindo também em equipamentos para acompanhar as queimadas ocasionadas pelas mudanças climáticas; e realizou a contratação de especialistas, como geotécnicos, geólogos e hidrólogos. Com o trabalho de meteorologia, o órgão acompanha as condições do tempo, as mudanças bruscas de temperatura, as precipitações pluviométricas, os períodos grandes de estiagem (sem chuva) e a umidade relativa do ar que, abaixo de 30%, também é um fator que contribui para as queimadas.

Responsável pela equipe de combate ao fogo em vegetação rasteira desde 2018, o agente da Defesa Civil, Igor Leonardo, ressalta que 99,9% dos focos de incêndio têm início por ação humana e podem ser evitados.

“Estamos passando por um período de estiagem severa no nosso país inteiro, por isso fica o apelo da nossa equipe para que as pessoas não descartem lixo em terrenos baldios, não queimem seu lixo irregularmente ao realizar a limpeza de terreno. Vale lembrar que soltar balões é crime e toda a população deve ficar atenta aos alertas nas publicações da Defesa Civil, principalmente nesses períodos de baixa umidade”, destacou.

O agente frisou ainda que, em determinadas situações, o fogo aumenta além do esperado e chega a grandes proporções, atingindo casas, galpões, armazéns e instalações rurais, como celeiros, galinheiros, viveiros, chiqueiros e até currais. Nesses casos, o Corpo de Bombeiros é imediatamente acionado para combater o fogo. Somente este ano, a corporação registrou 487 ocorrências deste tipo na cidade.

Orientações para evitar queimadas:

– Não colocar fogo em terreno baldio e em área de preservação permanente
– Não jogar ponta de cigarro em qualquer lugar
– Manter terrenos capinados e livres de materiais que possam pegar fogo
– Não usar fogo para limpar áreas
– Não queimar folhas e galhos. O fogo não é um agente de limpeza ou opção para renovar a pastagem. Aguardar o dia da coleta pública.
– Não queimar lixo ou móveis, pois as fagulhas podem ser levadas pelos ventos e causar incêndios
– Não soltar balões. Além de perigoso, é crime.
– Evitar acender fogueira em áreas de acampamentos ou próximo da vegetação, para que as chamas não se alastrem e tornem-se um incêndio em larga escala.

Efeitos das queimadas

Além de destruir a vegetação nativa, as queimadas provocam prejuízos à biodiversidade, ao ciclo hidrológico e ao ciclo do carbono na atmosfera. Um incêndio em vegetação pode causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas, de animais selvagens e domésticos.

Entre os efeitos negativos à saúde humana estão as causas ou agravamentos de doenças como: bronquite e asma, dores de cabeça, náuseas e tonturas, irritação na garganta, tosse, conjuntivite, alergias na pele, problemas gastrointestinais e intoxicação, todas ocasionadas pela fumaça ou fuligem.

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