O Brasil celebra hoje, 20 de novembro de 2024, o primeiro feriado nacional do Dia da Consciência Negra. A data, que já era feriado em seis estados e em mais de mil cidades, ganhou relevância em todo o país após a sanção do Projeto de Lei nº 3268/2021 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Instituído como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, o feriado presta homenagem ao líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, e reforça a importância da reflexão sobre a luta contra o racismo e pela igualdade racial.
Reflexão e ação
A oficialização do feriado foi recebida com entusiasmo por lideranças políticas e sociais. O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou que o dia deve ser um momento de reflexão sobre a luta contra todas as formas de discriminação e violência. “Esse é um feriado em que as pessoas param para pensar sobre racismo, feminicídio, violência contra indígenas, negros e outras minorias”, afirmou.
Para Martvs Chagas, secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT, a data não se limita à celebração, mas também inspira ação. “É um momento para entender a importância da consciência negra na transformação da sociedade e para fortalecer a militância que ocupa espaços de poder”, destacou.
Conquistas históricas
O Dia da Consciência Negra é também uma oportunidade para reconhecer os avanços conquistados pela luta antirracista. Desde a criação da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira, até a implementação de cotas raciais em universidades e concursos públicos, o Brasil tem dado passos importantes para reparar séculos de desigualdade.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, comemorou a oficialização do feriado, afirmando que ele simboliza a luta histórica do movimento negro. “Ter o 20 de novembro como feriado nacional é reconhecer a herança africana e reafirmar o compromisso com a justiça racial”, disse.
Um futuro de igualdade
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reforçou que o feriado é um marco de reflexão e uma oportunidade para avançar nas políticas públicas voltadas para a população negra. “Um Brasil de igualdade racial é um Brasil mais justo e sustentável para todos”, declarou.
A celebração deste dia histórico não apenas homenageia o passado, mas também aponta para um futuro de mais inclusão, diversidade e justiça. O reconhecimento nacional do Dia da Consciência Negra é um passo significativo no fortalecimento da identidade brasileira e no combate às desigualdades estruturais.
Que o legado de Zumbi dos Palmares e de tantos outros líderes inspirem ações concretas para um Brasil mais igualitário e humano.
foto: Paulo Pinto