sábado, outubro 5, 2024
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Niterói lançou o edital “Samba e Educação”.

No dia 2 de dezembro é comemorado o dia nacional do Samba. Oficialmente o samba teve origem no Rio de Janeiro quando na década de 1930 surgem as primeiras grandes manifestações populares do Samba através das primeiras escolas de SAMBA no Rio de Janeiro que por sua vez teve o devido reconhecimento do poder público ou seja do governo Getúlio Vargas que apoiou a manifestação popular.

Em outro momento do reconhecimento do samba ocorreu também no estado do Rio de Janeiro, ocorreu em 1984 quando foi criado pelo governador Leonel de Moura Brizola que inaugurou a avenida do samba ou Sambódromo que é a Márquez de Sapucaí onde o desfiles das escolas terminam na Apoteose.

Mas nada seria possível sem os sambistas os fazedores de samba e de preferência com reconhecimento de políticas públicas o Carnaval que faz do Samba expressão máxima brasileira, que exporta para todo o mundo e atraem tantos turistas emprego e renda.

Após encontro com o ex-ministro Juca Ferreira no solar Jambeiro em Niterói, onde foi promovida a palestra: A importância da educação e cultura para o desenvolvimento social.

Juca, colocou a importância da identidade da sociedade no sentido de implementar políticas públicas que incentive as manifestações populares.

Na quinta-feira (02), Dia Nacional do Samba, em evento no Solar do Jambeiro. A Prefeitura de Niterói lançou o edital “Samba e Educação”. A iniciativa, uma articulação que envolve diferentes áreas de governo, é dedicada ao incentivo da realização de projetos relacionados à história africana e à cultura afro-brasileira nas escolas municipais, como está previsto nas Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, através da mobilização da comunidade do samba da cidade, além do apoio aos projetos realizados pelas escolas.

O vice-prefeito de Niterói, Paulo Bagueira, afirmou que levar o samba e a cultura afro-brasileira para dentro das escolas da rede municipal de Niterói é um sonho que está se tornando realidade.

“O lançamento deste edital é uma conquista e um avanço muito grande. Principalmente hoje, que é o Dia Nacional do Samba. Mais uma vez Niterói sai na frente, em uma ação pioneira para unir samba e educação. A gente aposta muito nos resultados deste projeto. Agradeço às agremiações que vão participar desta iniciativa tão importante para a cidade de Niterói”, destacou o vice-prefeito.

O secretário de Educação de Niterói, Vinícius Wu, explicou que o projeto terá ações realizadas nas escolas ao longo do ano e promoverá seminários, cursos, oficinas e concursos visando uma educação antirracista. A iniciativa tem como intuito reconhecer a dimensão do samba como medida educativa e protagonista da construção da identidade coletiva brasileira, além de reconhecer aqueles que participam diretamente da produção do carnaval.

“O samba sempre foi resistência do povo afro-brasileiro. O que nós estamos fazendo é resgatar a história de elementos da identidade brasileira. Temos que valorizar os saberes das escolas de samba e vamos levar tudo isso para as escolas de Niterói. Precisamos criar condições para que os educadores levem a cultura afro-brasileira para as escolas. Esse edital reafirma o compromisso antirracista de Niterói, o que é fundamental para a construção de uma sociedade igualitária e democrática”, ressaltou o secretário.

O projeto é uma parceria entre o gabinete do vice-prefeito, e das secretarias de Educação, Participação Social, Culturas e Assuntos Estratégicos. O secretário de Participação Social, Anderson Pipico, comentou a importância do edital lançado nesta quinta-feira.

“O lançamento deste edital no Dia Nacional do Samba é emblemático. A educação e a cultura vêm sofrendo ataques, e este edital é um motivo de orgulho por ser inclusivo e também uma forma de combate ao racismo”.

A abertura do evento ficou por conta de dois talentos niteroienses. Caio Gonze, de 13 anos, ritmista e mascote da bateria da Viradouro, a Furacão Vermelho e Branco, comandou o batuque ao lado de Enzo Gabriel Gonçalves da Conceição, de apenas 4 anos. Aluno da Umei Almir Garcia da Silva, ele nasceu na véspera do carnaval de 2017, e já dá um show no pandeiro. O evento contou ainda com uma roda de samba do grupo Filhos de Oxossi e da cantora Luiza Dionizio.

O edital será publicado em breve no Diário Oficial do município. Estão previstas oficinas de musicalização e dança, leitura, interpretação e composição de sambas, fantasias e adereços, escolinha de mestre-sala e porta-bandeira, rodas de conversas com carnavalescos, diretores de harmonia, ritmistas e historiadores, além de atividades sobre o uso da matemática, como as batidas dos instrumentos e a contagem do tempo. As Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 estabelecem a obrigatoriedade e regulamentam o ensino de “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” na educação básica do Brasil como forma de lutar contra o racismo e as desigualdades raciais.

 

Fotos: Douglas Macedo

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