Águas de Juturnaíba recebeu, no dia 19 de setembro, na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ponte dos Leites, a visita de Filipe Sampaio, diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), acompanhado por sua equipe, além de representantes da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) do Rio de Janeiro e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). O objetivo foi conhecer, na prática, os processos de tratamento de esgoto e as práticas sustentáveis desenvolvidas na estação.
O grupo foi recepcionado por Rodrigo Macool, diretor da concessionária, junto com Lívia Soalheiro, gerente de ASG do Grupo Águas do Brasil, Gisele Boa Sorte, gerente de Meio Ambiente do Grupo, e Edson Soares, especialista de Operações da Águas de Juturnaíba.
“Foi uma satisfação recebê-los, apresentar a nossa estação e falar da evolução do sistema de esgotamento sanitário nos municípios em que atuamos. Somos modelo em economia circular, mostrando que é possível fazer a gestão dos resíduos de forma sustentável. Para nós, compartilhar as nossas boas práticas é uma forma de contribuir para o aprendizado das pessoas e, principalmente, para o desenvolvimento sustentável do nosso país”, afirmou o diretor da concessionária, Rodrigo Macool.
Os visitantes conheceram o Centro de Controle Operacional (CCO), local onde é feito o monitoramento e controle da coleta e tratamento de esgoto 24 horas por dia. Da sala, é possível visualizar e gerenciar o sistema, o que proporciona mais agilidade e segurança na operação. Na sequência, fizeram um tour pelas unidades de tratamento preliminar mecanizados e reatores aeróbios de batelada sequenciais, passando pelas três lagoas de Wetlands – um sistema que utiliza plantas para tratar esgoto –, a usina de compostagem para produção de biofertilizante e a oficina de tijolos ecológicos artesanais.
“É muito importante conhecer essas iniciativas em função da nossa nova atribuição, a partir do Novo Marco Legal do Saneamento, Lei nº 14.026, aprovada em 2020, que atribuiu à ANA a responsabilidade de produzir e elaborar normas de referência para o setor de saneamento básico. Conhecer a estação foi muito gratificante, porque vimos, ao longo do processo, que 100% do lodo gerado é tratado internamente, com a produção de tijolos ecológicos, e isso é inovador. Com a universalização, a tendência é que a geração de lodo aumente e, diante disso, precisamos dessas iniciativas e soluções baseadas na natureza. É um exemplo a ser seguido por outros operadores”, destacou o diretor da ANA, Filipe Sampaio.
Segundo Moema Acselrad, superintendente de Recursos Hídricos do SEAS, a troca entre as instituições parceiras é essencial para promover o desenvolvimento de práticas inovadoras.
“Para a secretaria, é essencial conhecer iniciativas como essa, porque nós trabalhamos em parceria. Em termos de integrar princípios e conceitos da economia circular e da economia azul, que estamos trabalhando agora com esse conceito de reaproveitamento de materiais de um determinado ciclo produtivo para outro, essa estação é um grande exemplo. Temos muito o que aprender aqui para darmos continuidade a esse trabalho da Águas de Juturnaíba”, reforçou a superintendente.
Para Valdemir Dias da Silva, superintendente do INEA, acompanhar o progresso da ETE Ponte dos Leites é uma realização que merece destaque.
“Nós acompanhamos o início dessa estação, que é um modelo não só para a região, mas para todo o Brasil, e fiquei muito feliz em voltar e ver que esse trabalho não parou, que estão dando continuidade com novas técnicas para o reaproveitamento dos resíduos que antes eram encaminhados para o aterro sanitário. Hoje, o resíduo é totalmente reutilizado e destinado de forma consciente”, destacou o superintendente do INEA.
Na oportunidade, eles também visitaram a oficina do Projeto Lagunarte, uma iniciativa apoiada pela concessionária, que promove a capacitação em artesanato para mulheres envolvidas com a pesca.
“A ETE Ponte dos Leites propõe a circularidade e uma complementaridade com o social. O Grupo Águas do Brasil e a Águas de Juturnaíba já conduzem esse movimento há anos, com diversos projetos que envolvem tanto a comunidade quanto nossos colaboradores. O Projeto Lagunarte, por exemplo, busca uma transformação social na vida de cada participante, oferecendo um ambiente acolhedor, com os materiais necessários, para que as mulheres aprendam técnicas de artesanato, vendam suas produções e gerem uma renda complementar, melhorando sua qualidade de vida”, finalizou a gerente de ASG do Grupo, Lívia Soalheiro.