quinta-feira, novembro 21, 2024
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Irirú, arirú, ararú, iama – uama. por José Hélito

Índios, canoas e lago
A vida é exuberante
Deixam vestígios nas cerâmicas
De uma presença pujante

ARARUAMA de lendas e fatos
Água mãe de todos nós
Pescadores de emoções
No rastro das tradições

Percorro tuas ruas
Anotando lembranças
Casario antigo
História que fala comigo

Nestas moradias
Archotes de um tempo
Conduzindo ideias
Memória e pedagogia

Fazendas e fazendeiros
Pontilham suas paisagens
Porões e zenzala
Voz que não se cala

A escravidão visitou esta terra
Trouxe suor e dor
Num som de sinistro horror
Em sua silhueta de fera

As correntes se partiram
Num eco de alegria
Senhores capitularam
Na carta de alforria

Irirú, arirú, ararú, iama – uama
Nossas existências entrelaçadas
Nossa alma – lagoa das conchas
Nosso coração – sentimento que te ama.

Autor: José Hélito
Poeta, escritor, integrante da Aaraletras ( Academia Araruamense de letras), Aaclig ( Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba Grande), Aiap Brasil ( Academia intercontinental de artes e poesia do Brasil) , Alsp ( Academia de Letras de São Pedro da Aldeia).

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