sexta-feira, novembro 22, 2024
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Lula: ferrovias são importantes para competitividade e soberania

Em Ilhéus (BA), presidente participa de cerimônia de início das obras de lote da Ferrovia Oeste-Leste e diz que o Brasil será do tamanho que a gente quiser

Em cerimônia de início das obras no lote 1F da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em Ilhéus (BA), nesta segunda-feira (3/7), o presidente adiantou outros projetos que estarão no plano de desenvolvimento, como Água e Luz para Todos, além do Minha Casa Minha Vida para construção de 2 milhões de novas moradias.

AUTONOMIA – Lula lamentou o fato de o Brasil, com grandes siderúrgicas e produção de minério de qualidade, não produzir mais trilhos nem dormentes e tenha que importar para ampliar a malha ferroviária.
Isso é um desafio para nós. Não estou chamando a atenção de vocês. Estou chamando a minha atenção: Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, presidente desse país, é uma vergonha o Brasil estar importando trilhos quando poderia produzir aqui no Brasil para gerar emprego no país e mais possibilidade de crescimento da cidadania”.
1.527km – Em sua totalidade, de 1.527 km de extensão, a Ferrovia Oeste-Leste vai ligar o futuro Porto de Ilhéus (no litoral da Bahia) ao município de Figueirópolis (no Tocantins), ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte-Sul. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Governo Federal trabalham para a concessão dos outros dois trechos: a FIOL II, entre Caetité e Barreiras (BA), já com obras em andamento, e a FIOL III, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), que aguarda licença de instalação.
Na cerimônia, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou o papel estratégico da Fiol para a Bahia e o Brasil. A ferrovia, que no conjunto de três trechos somará 1.527 km, se interligará com três portos – na Bahia, no Maranhão e em São Paulo – consolidando uma infraestrutura importante ao país. O ministro Renan Filho (Transporte) fez referência à importância da ferrovia para inserção da Bahia na estratégia de desenvolvimento nacional. No trecho baiano, mais de 75% das contratações são feitas na própria região.
Eduardo Ledsham, presidente da Bamin, concessionária responsável pela ferrovia, disse que a empresa continuará investindo para colocar a Bahia no cenário mundial com produtos de alta qualidade. “Esperamos em breve anunciar outros projetos”, disse.
SUSTENTABILIDADE – A FIOL fará uma integração ferroviária que consolida um corredor de escoamento de minérios da região sul do estado e de grãos da região oeste. Quando estiver em plena operação, estima-se uma redução de 86% na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
O primeiro trecho da ferrovia (FIOL 1) liga as cidades baianas de Caetité e Ilhéus, percorrendo 537 quilômetros (km) de extensão e passando por 19 municípios. A FIOL 1 é dividida em quatro lotes. Com investimento de R$ 1,5 bilhão e previsão de gerar 1.200 empregos, o lote 1F tem 127 km de extensão interligando os municípios de Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongoji, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquarta.

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